Há muitos e muitos anos atrás, o homem começou a sentir a necessidade de contar as coisas: quantas propriedades possuía, quantos anos tinha, quantos dias, etc. Contar em latin é computare; daí vem a palavra Computador. E como quem conta também faz cálculos, o homem sentiu que era hora de agilizar sua tarefa de calcular. A primeira máquina efetiva de calcular foi o ábaco chinês, criado a mais de dois mil anos atrás e utilizado até hoje em algumas partes do mundo.

(Ábaco Chinês)

O ábaco se tornou tão eficiente nas quatro operações básicas: adição, multiplicação, subtração e divisão, que até o século XVI dc, nada de novo e significativo havia sido implementado em termos de instrumentalização para cálculos. Isto só aconteceu em 1642, quando a primeira máquina de calcular automática foi criada por Blaise Pascal (Matemático francês), filho de um coletor de impostos. Disposto a facilitar o trabalho de seu pai, inventou a Máquina de Somar mecânica. Ela utilizava roldanas e engrenagens numeradas de 0 a 9 que simulavam as somas e subtrações. Em 1673, Gottfried Leibniz aperfeiçoou a máquina de Pascal, e em 1694 o primeiro protótipo fazia além da soma e subtração; multiplicação, divisão e raiz quadrada.

Até este momento, o computador não passava de uma máquina de calcular que estava evoluindo. Mas o Homem passou a querer muito mais que uma simples calculadora! Estas máquinas deveriam além de calcular, serem capazes de executar sequências completas de instruções; ou seja, serem programadas.
Charles Babbage deu o primeiro passo para esta conquista em 1830, após a Revolução Industrial, projetando a Máquina Analítica, a primeira máquina com capacidade de ser programada, uma calculadora mecânica e automática, infelizmente, por falta de recurssos tecnológicos e financeiros da época, sua criação não pode ser construída, mas sua filosofia de funcionamento é o embrião dos computadores modernos.
Em 1890, Hrman Hollerith, um funcionário do censo americano, teve a idéia de aproveitar cartões perfurados para as operações estatísticas. O recenseamento de 1880 tinha levado 7 anos para divulgação. Devido à descoberta de Herman, este tempo caiu para 2 anos na década seguinte.

(Cartão perfurado)

O sucesso foi tão grande que grandes empresas se associaram à empresa de Hollerith (Tabulating Machine Company), a qual mais tarde se tornou a nossa conhecida IBM (International Business Machines).
A partir de 1940, a evolução dos computadores passou a acompanhar o desenvolvimento da Industria Eletroeletrônica.
Em 1946, na Universidade da Pensilvânia, foi construído o primeiro computador eletrônico: o ENIAC (Eletronic Integrator And Calculator). O "garoto" media cerca de 7 andares, pesava algo em torno de 30 toneladas, e usava aproximadamente 18 mil válvulas! Ele podia executar 500 milhões de multiplicações e 5 mil adições por segundo. Por outro lado, queimava uma válvula a cada 15 minutos, consumia energia elétrica equivalente a 1400 lâmpadas de 100 watts, e sua capacidade de memória era 40 vezes menor do que o microcomputador PC XT (um dos primeiros micocomputadores, já obsoleto). Sua principal utilização na época foi a realização de cálculos balísticos (propósitos militares). Só que para reprogramar o "soldadinho", eram necessários alguns dias ...
Em 1948 surgia o transitor. Um transitor substituía cerca de 18 válvulas, não só melhorando, mas também diminuindo o tamanho dos computadores.
Em 1960 veio a descoberta dos Circuitos Integrados, e em 1964 os primeiros computadores com esta tecnologia, tornavam-se minúsculos perto do "vovô" ENIAC.
Nos anos 70 surgiram os microprocessadores e, com eles, os microcomputadores pessoais, os PCs. Seu uso era doméstico e principalmente para jogos. Até que surgiu a primeira planilha de cálculos, o VISICALC, fazendo com que o microcomputador passasse a ter uso profissional. Nasce então o IBM-PC e seus compatíveis, mas isto já é outra história.